Já há crédito para a casa a 30 anos com juro abaixo de 1%
Os bancos estão a apostar no crédito de taxa fixa. Há prazos até 30 anos, sendo que com a queda das taxas no mercado é possível conseguir um juro que fica bem abaixo da média das Euribor no Bankinter.
Com as Euribor cada vez mais negativas, as taxas fixas podem ser vantajosas para os bancos. Mas também para as famílias que garantem a mesma taxa durante prazos cada vez mais longos. Já é possível contrair um empréstimo para a compra de casa com a mesma taxa durante 30 anos. E abaixo de 1%. Em Portugal, e ao contrário do que acontece com os créditos com taxa variável, não existe uma regra para a aplicação das taxas fixas. A grande maioria das instituições financeiras determina administrativamente o juro que vai cobrar ao cliente, ao qual acrescenta depois o “spread”. No entanto, em teoria, os bancos deveriam considerar a taxa de juro “swap”, divulgada diariamente pela ISDA.
Estas taxas estão também em mínimos históricos e situam-se abaixo de 1% até aos 30 anos. A taxa de mais longo prazo atingiu, esta segunda-feira, os 0,9675%. Entre os bancos a operar no mercado nacional, apenas o BPI e o Bankinter têm um prazo tão longo de financiamento a taxa fixa. Mas só a instituição espanhola utiliza como referência a taxa “swap”.
O banco, que “herdou” a oferta de taxas fixas no crédito à habitação do Barclays, permite aos seus clientes garantir que a taxa de juro do empréstimo fica inalterada em prazos que podem ir dos dois aos 30 anos. A esta taxa junta um “spread” que pode ir dos 1,5%, o mais baixo do mercado, aos 4,50%. No melhor dos cenários, as famílias conseguem garantir uma taxa final do crédito inferior a 2,5% durante 30 anos.
Além da vantagem de não estar sujeita a variações ao longo do prazo do financiamento, esta taxa é bastante variável se for tido em conta que, no pico da crise financeira, em Outubro de 2008, as taxas Euribor a três e seis meses, principais indexantes no crédito à habitação em Portugal, chegaram a superar os 5%. E a esta taxa era ainda somado o “spread”. Desde que foi criada, a Euribor a três meses atinge uma média de 2,195%, enquanto a média da taxa a seis meses ascende a 2,302%. No período após a crise, a taxa a três meses apresenta uma média de 1,233%, ainda assim superior à taxa fixa a 30 anos.
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